Com prêmio master do "2º Grande Prêmio de Arquitetura Corporativo", nossa querida Sala São Paulo foi escolhida para homenagem e divulgação em meu blog.
OBRA
Estação Júlio Prestes / Sala São Paulo
Para aqueles que não conhecem a Sala São Paulo e se interessam por Design de Interiores, seria interessante visitar esta obra prima da arte de decoração e restauração.
Sua principal característica marcante é o forro móvel e sua acústica com precisão.
ACÚSTICA
O forro móvel é importante, mas não é tudo. A qualidade acústica da Sala São Paulo pousa e repousa em um universo grande, delicado, quase intangível de detalhes raramente comentados, mas dos quais dependem as nuances da música que ali é ouvida. O forro móvel sozinho não faz a qualidade acústica da Sala São Paulo – e não faria de qualquer outra sala de concertos. Ele é um aspecto importantíssimo da sala e ficará como uma marca registrada; mas tenho certeza, não faz a missa toda.
Muitas das salas consagradas, veneradas por músicos, maestros e amantes da música sinfônica, não têm forro móvel ou qualquer dispositivo de ajuste acústico. Embora suas origens datem dos anos 60, a acústica ajustável é uma tendência que ganhou espaço nos projetos de novas salas apenas nos últimos 30 anos graças aos esforços de grandes mestres do design acústico como Kikergaard, Jaffe, Tanaka e Johnson.
A geometria da Sala, a disposição dos balcões, o desenho das frentes dos balcões, o posicionamento do palco, a inexistência de carpetes ou cortinas, a espessura da madeira do palco, o desenho das poltronas, paredes pesadas, uma grande quantidade de irregularidades provistas (está escrito desse jeito no livro) pela arquitetura eclética do edifício existente compõem na Sala São Paulo um importante elenco de pequenas contribuições absolutamente fundamentais para a qualidade do seu clima acústico.
Se a Sala São Paulo tivesse o forro móvel correto, mas todos os demais elementos fossem incorretos, certamente a qualidade do clima acústico seria muitíssimo inferior do que hoje é. Mas se a Sala tivesse um forro fixo, com uma altura correta, e com todos os demais elementos corretos, a Sala seria menos versátil, a arquitetura existente seria menos valorizada, e talvez se houvessem enfrentado desafios menores no seu projeto; entretanto, ela poderia chegar a ser, mesmo assim, acusticamente excelente.
Então para quê um forro móvel? Para quê ajustar a acústica da Sala?
Para saber mais sobre as razões musicais para um forro móvel, entre no site www.salasaopaulo.art.br
PROJETO ARQUITETÔNICO E ACÚSTICO
A sala conta com o desenho de acústico junto com arquitetura. É esculpido os vazios e volumes internos em busca da sonoridade da Sala fazendo com que ela respondesse acusticamente. Balcões, poltronas, ranhuras dos balcões, posicionamento das poltronas, distância entre faces de balcões e todos os demais detalhes são um complemento muito importante. Foi estudado as características principais da Sala em um modelo acústico físico. Fora o projeto dos isoladores de vibrações da laje flutuante, tudo em perfeita harmonia. Também teve a colaboração do engenheiro acústico e maestro Christopher Blair, que participou do projeto básico da sala.
ARQUITETO
Nelson Dupré
HISTÓRIA
A antiga estação de trens da Estrada de Ferro Sorocabana abriga hoje o Complexo Cultural Júlio Prestes, sede da maior e mais moderna sala de concertos da América Latina: a Sala São Paulo.
Especialmente construída para receber as melhores orquestras sinfônicas do mundo, a Sala São Paulo tornou-se realidade após o trabalho de recuperação do monumental edifício da Estação Júlio Prestes, construído no estilo Luís XVI, marcado pela sobriedade dos ornamentos e detalhes.
Projetado em 1925 – período em que a cidade, estimulada pelo café e pela ferrovia, crescia em ritmo acelerado – o edifício somente seria concluído em 1938, quando a urbanização de São Paulo já se caracterizava pela presença de automóveis, inibindo a utilização de bondes e trens.
O trabalho de recuperação do edifício acompanhou a reestruturação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sediada atualmente no mesmo prédio da Sala São Paulo. A solução encontrada para as intervenções realizadas nesse prédio histórico, concebido de acordo com princípios específicos de um estilo e época, baseou-se na intenção de estabelecer um diálogo adequado com o espaço existente, valorizando os conceitos e as características de uma construção anterior, ajustando-a a uma utilização distinta da original, que veio atender a uma demanda da sociedade contemporânea, adequando-se à proposta de revitalização.
O projeto da Sala São Paulo possibilita a apresentação de qualquer tipo de concerto, pautada pela alteração do espaço da sala de concertos gerada pela flexibilidade do forro com painéis móveis. Além disso, os elementos de composição foram concebidos para a reflexão sonora multidirecional, atendendo a recomendações acústicas.
Em sua nova utilização, a Sala São Paulo não apenas recupera o antigo edifício, mas também garante sua preservação por meio de uma ocupação significativa, que certamente o eleva à posição de marco da cidade. A preocupação com o patrimônio cultural reflete a consciência de que não há desenvolvimento, nem progresso, sem o cuidado com o nosso passado. Pela memória são estabelecidos os laços que criam a identidade entre os indivíduos e o meio em que vivem. A recuperação do local é o resgate de uma importante parte do passado de nossa cidade, uma contribuição para a construção de um desenvolvimento mais justo e humano.
Especialmente construída para receber as melhores orquestras sinfônicas do mundo, a Sala São Paulo tornou-se realidade após o trabalho de recuperação do monumental edifício da Estação Júlio Prestes, construído no estilo Luís XVI, marcado pela sobriedade dos ornamentos e detalhes.
Projetado em 1925 – período em que a cidade, estimulada pelo café e pela ferrovia, crescia em ritmo acelerado – o edifício somente seria concluído em 1938, quando a urbanização de São Paulo já se caracterizava pela presença de automóveis, inibindo a utilização de bondes e trens.
O trabalho de recuperação do edifício acompanhou a reestruturação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sediada atualmente no mesmo prédio da Sala São Paulo. A solução encontrada para as intervenções realizadas nesse prédio histórico, concebido de acordo com princípios específicos de um estilo e época, baseou-se na intenção de estabelecer um diálogo adequado com o espaço existente, valorizando os conceitos e as características de uma construção anterior, ajustando-a a uma utilização distinta da original, que veio atender a uma demanda da sociedade contemporânea, adequando-se à proposta de revitalização.
O projeto da Sala São Paulo possibilita a apresentação de qualquer tipo de concerto, pautada pela alteração do espaço da sala de concertos gerada pela flexibilidade do forro com painéis móveis. Além disso, os elementos de composição foram concebidos para a reflexão sonora multidirecional, atendendo a recomendações acústicas.
Em sua nova utilização, a Sala São Paulo não apenas recupera o antigo edifício, mas também garante sua preservação por meio de uma ocupação significativa, que certamente o eleva à posição de marco da cidade. A preocupação com o patrimônio cultural reflete a consciência de que não há desenvolvimento, nem progresso, sem o cuidado com o nosso passado. Pela memória são estabelecidos os laços que criam a identidade entre os indivíduos e o meio em que vivem. A recuperação do local é o resgate de uma importante parte do passado de nossa cidade, uma contribuição para a construção de um desenvolvimento mais justo e humano.
Na foto temos a visão do palco da Sala São Paulo.
Para saber sobre eventos, acesse o site www.salasaopaulo.art.br